Inclusão verdadeira se faz dando aos alunos com necessidades especiais um atendimento diferenciado para que eles tenham as mesmas oportunidades que os demais para aprender e se desenvolver. Para que eles tenham essas condições, os profissionais precisam estar preparados. É pensando nisso que a Secretaria de Educação de Carnaíba está sempre aprimorando os profissionais que trabalham diretamente com essas crianças.
Assim, todo o conjunto de pessoas que atuam com essas crianças: professores, apoios pedagógicos, coordenadores das escolas, coordenadores da Secretaria e professores de AE participaram da 2ª formação em Terapia ABA, de 09 a 11 de agosto. Foram 3 dias em que as professoras Dafny Bispo e Sandra Crespo, do Núcleo de Intervenção Comportamental (NIC) estiveram nas escolas, observando os alunos e durante dois dias no Teatro José Fernandes de Andrade com toda essa equipe de profissionais do município.
Além dos estudos de casos, a ênfase dessa formação foi a construção do Plano de Atendimento Individualizado (PEI). Diferente de outros planejamentos escolares, este é feito de acordo com cada criança. “Isso é muito importante porque cada criança tem as suas necessidades, não existe um planejamento só para todos, a gente precisa individualizar, de acordo com cada uma delas. Por isso, este ano ampliamos o número de participantes para que todo o conjunto de profissionais que atuam com crianças com TEA tenham a oportunidade desse aprendizado”, explicou a secretária de Educação, Cecília Patriota.
Para Andreza Rodrigues, estudante de Pedagogia, que dá apoio na Creche Marluce Bezerra, o município está fazendo jus ao termo inclusão quando traz um curso dessa magnitude. “Uma formação como essa amplia nossas informações e nossas possibilidades, quem ganha não é somente o aluno, mas o profissional, a família e a sociedade como um todo. Porque nós estamos educando uma criança que se tornará adulto e precisará enfrentar os problemas sociais, começamos a prepará-lo desde agora para isso”, afirmou Andreza.
O curso terminou nesta quinta-feira (11) e a partir da próxima segunda-feira (15), as equipes de coordenadores, professores e apoios começam a trabalhar na elaboração do Plano Individualizado de Atendimento de cada aluno. “Falar de inclusão é fácil, mas na prática é desafiador. Uma coisa é o discurso outra é fazer com que as crianças aprendam, se relacionem, se desenvolvam. É uma construção coletiva, por isso fizemos questão de colocar todos os envolvidos nessa formação”, finalizou a secretária Cecília Patriota. Atualmente, o município atende 35 crianças com diagnóstico de autismo.